1. METÁFORA
"A vida é uma jornada."
Nesse exemplo, a vida é comparada a uma jornada para transmitir a ideia de que a vida é uma experiência cheia de desafios, descobertas e caminhos a percorrer.
"Seu coração é uma pedra fria."
Nessa metáfora, o coração de alguém é comparado a uma pedra fria para transmitir a ideia de que essa pessoa é insensível, não demonstrando emoções ou compaixão.
"Seus olhos são estrelas brilhantes."
Nessa metáfora, os olhos de alguém são comparados a estrelas brilhantes para ressaltar a beleza, o brilho e a intensidade do olhar dessa pessoa.
"O amor é uma chama que arde no peito."
Nesse exemplo, o amor é comparado a uma chama para expressar sua intensidade e paixão, destacando como ele aquece e consome emocionalmente.
"A esperança é uma mão estendida."
Nessa metáfora, a esperança é comparada a uma mão estendida para transmitir a ideia de que a esperança oferece apoio, auxílio e oportunidades, assim como uma mão estendida para ajudar alguém.
2. METONÍMIA/SINÉDOQUE/SUBSTITUIÇÃO
A metonímia é uma figura de linguagem que consiste em substituir um termo por outro com o qual possui uma relação de proximidade ou associação.
Aqui estão cinco exemplos de metonímia:
"Eu adoro ler Machado de Assis."
Nesse exemplo, o autor utiliza o nome do escritor Machado de Assis para representar suas obras literárias. A obra é representada pelo nome do autor.
"Preciso pegar emprestado um Picasso."
Nessa frase, a palavra "Picasso" é utilizada para representar uma obra de arte pintada pelo famoso artista espanhol. O nome do artista é utilizado para se referir à sua criação.
"Ele bebeu o cálice até o fim."
Aqui, o termo "cálice" é usado para representar a bebida contida nele, como vinho ou qualquer outra bebida alcoólica. O recipiente é utilizado para representar o conteúdo.
"Vou comprar um novo par de Nike."
Nesse caso, a marca "Nike" é usada para representar um par de tênis fabricados pela marca. A marca é utilizada para se referir ao produto.
"A frota ancorou no porto."
Nessa frase, a palavra "frota" é utilizada para representar um grupo de navios. A palavra é utilizada para representar o conjunto de embarcações.
A metonímia é uma figura de linguagem que cria associações entre termos relacionados para transmitir uma ideia ou facilitar a comunicação, utilizando elementos próximos ou parte de um todo para representar o todo.
3. CATACRESE
A catacrese é uma figura de linguagem que ocorre quando utilizamos uma palavra de forma desviada de seu significado original, em situações em que não há um termo específico disponível para descrever determinado objeto ou conceito.
Aqui estão cinco exemplos de catacrese:
"Pé da mesa"
Nessa expressão, utilizamos o termo "pé" para se referir à base ou estrutura de sustentação de uma mesa. Não há um termo específico para designar essa parte da mesa, então fazemos uso da catacrese para preencher essa lacuna.
"Boca da garrafa"
Ao nos referirmos à "boca" de uma garrafa, estamos utilizando a catacrese para descrever a abertura ou entrada do recipiente.
"Dente de alho"
Quando falamos sobre "dente de alho", estamos nos referindo às partes individuais do bulbo de alho, que são utilizadas para temperar alimentos. Utilizamos a catacrese porque não há um termo específico para se referir a essas porções.
"Cabo da vassoura"
Ao mencionarmos o "cabo" de uma vassoura, estamos utilizando a catacrese para nos referirmos à parte longa e fina que seguramos para varrer.
"Cabeça do prego"
Ao falarmos sobre a "cabeça" de um prego, estamos nos referindo à parte superior, plana e mais larga do prego que fica exposta após ser martelado. Novamente, utilizamos a catacrese para descrever essa parte específica do objeto.
A catacrese é uma figura de linguagem comumente utilizada quando não há um termo específico disponível, permitindo-nos utilizar uma palavra familiar em um contexto diferente para transmitir uma ideia de forma mais clara.
4. SINESTESIA
A sinestesia é uma figura de linguagem que consiste na combinação de sensações ou percepções sensoriais diferentes, geralmente associando características de um sentido a outro. Essa figura de linguagem busca criar uma experiência mais vívida e sensorial na descrição de objetos, emoções ou situações.
Aqui estão cinco exemplos de sinestesia:
"Sabor doce do som da sua risada."
Nessa frase, a sinestesia combina o sentido do paladar (sabor doce) com o sentido da audição (som da risada), criando uma associação entre sensações diferentes para transmitir a ideia de prazer e alegria.
"O cheiro azul do mar."
Nesse exemplo, a sinestesia combina o sentido do olfato (cheiro) com o sentido da visão (cor azul) para descrever a sensação do cheiro característico do mar, associando-o à cor azul que geralmente é relacionada ao oceano.
"Toque suave da música."
Aqui, a sinestesia combina o sentido do tato (toque suave) com o sentido da audição (música), atribuindo uma qualidade tátil à experiência de ouvir música, intensificando a percepção sensorial da melodia.
"Vozes coloridas preenchiam o ambiente."
Nessa frase, a sinestesia combina o sentido da audição (vozes) com o sentido da visão (cores), associando características visuais às vozes para transmitir a ideia de que as vozes têm nuances, tons ou qualidades que podem ser comparadas a cores.
"O sol dançava sobre as folhas verdes."
Nesse exemplo, a sinestesia combina o sentido da visão (sol) com o sentido do movimento (dançava), atribuindo uma característica de movimento ao sol para descrever a forma como a luz solar interage com as folhas verdes.
A sinestesia é uma figura de linguagem poderosa que estimula a imaginação e cria uma experiência sensorial mais rica, aproximando diferentes sentidos para transmitir sensações e emoções de forma mais vívida.
5. PERSONIFICAÇÃO/PROSOPOPEIA
A personificação é uma figura de linguagem que atribui características humanas, como sentimentos, ações e qualidades, a seres inanimados, animais ou até mesmo ideias abstratas. Essa figura de linguagem busca criar uma conexão emocional entre o leitor ou ouvinte e o objeto personificado, tornando a descrição mais vívida e expressiva.
Aqui estão cinco exemplos de personificação:
"O sol sorria no horizonte."
Nesse exemplo, o sol é personificado ao ser descrito como "sorrindo". A ação de sorrir é uma característica humana atribuída ao sol, criando uma imagem vívida e transmitindo uma sensação de calor e felicidade.
"A lua observava silenciosamente a cidade adormecida."
A personificação ocorre ao atribuir à lua a ação de "observar" e a qualidade de "silenciosa". Ao descrever a lua como observadora, cria-se uma imagem de ser consciente e atento, transmitindo uma sensação de tranquilidade e mistério.
"As árvores sussurravam segredos ao vento."
Nesse exemplo, as árvores são personificadas ao serem descritas como "sussurrando" segredos. A ação de sussurrar é associada aos seres humanos, mas é atribuída às árvores para transmitir a ideia de um ambiente vivo e misterioso.
"O mar enfurecido rugia suas ondas."
A personificação ocorre ao atribuir ao mar a ação de "rugir" e a qualidade de "enfurecido". Essa descrição intensifica a imagem do mar agitado e tempestuoso, tornando-o mais vívido e expressivo.
"A chuva caía mansamente, como lágrimas do céu."
Nesse exemplo, a chuva é personificada ao ser comparada às lágrimas humanas. Essa comparação cria uma conexão emocional entre a chuva e os sentimentos humanos, transmitindo uma sensação de melancolia e tristeza.
A personificação é uma figura de linguagem que permite atribuir características humanas a objetos ou elementos não humanos, enriquecendo a descrição e estimulando a imaginação do leitor.
6. ANTÍTESE
A antítese é uma figura de linguagem que consiste na colocação de palavras ou ideias opostas em uma mesma frase ou expressão, com o objetivo de criar um contraste ou enfatizar a diferença entre elas. Aqui estão cinco exemplos de antítese:
"Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos."
Nesse exemplo, retirado da obra "Um Conto de Duas Cidades", de Charles Dickens, a antítese é utilizada para contrastar extremos opostos, destacando a dualidade entre o melhor e o pior dos tempos.
"O amor é um fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente."
Nessa citação do poeta Luís de Camões, a antítese é empregada para contrastar as experiências do amor, comparando-o a um fogo que arde invisível e a uma ferida que dói, mas não é sentida diretamente.
"Pobreza não significa falta de riqueza, mas falta de espírito."
Nessa frase, a antítese é usada para contrastar a ideia convencional de que pobreza é sinônimo de falta de riqueza material, ao afirmar que, na verdade, é a falta de espírito que caracteriza a pobreza.
"O corpo enfraquece, mas o espírito se fortalece."
A antítese é empregada aqui para ressaltar a diferença entre o enfraquecimento físico do corpo e o fortalecimento do espírito, destacando a capacidade de superação em meio às adversidades.
"O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e mulheres são meros atores."
Essa citação de William Shakespeare, em "Como Gostais", utiliza a antítese para comparar o mundo a um palco e as pessoas a atores, enfatizando a ideia de que todos desempenham papéis em suas vidas.
Esses são apenas alguns exemplos de como a antítese pode ser utilizada para criar um contraste significativo entre palavras ou ideias opostas, adicionando ênfase e impacto às expressões.
7. IRONIA
A ironia é uma figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia de forma contrária ao seu significado literal, geralmente com o intuito de transmitir sarcasmo, crítica ou humor. Aqui estão cinco exemplos de ironia:
"Que belo dia chuvoso! Justo quando planejamos um piquenique."
Nesse exemplo, a ironia está presente ao expressar sarcasmo em relação ao "belo dia chuvoso", que é contrário ao esperado para um piquenique ao ar livre.
"Parabéns pelo ótimo trabalho de limpeza! A sala nunca esteve tão bagunçada."
Nessa frase, há uma ironia ao parabenizar pelo "ótimo trabalho de limpeza" quando, na verdade, a sala está extremamente bagunçada, criando um contraste entre as palavras e a realidade.
"Que surpresa! Mais uma multa de trânsito. Eu realmente sou um ótimo motorista."
A ironia está presente ao expressar sarcasmo em relação à "surpresa" da multa de trânsito, contradizendo a afirmação de ser um "ótimo motorista".
"Ah, claro! Mais uma reunião produtiva de três horas para discutir a cor das canetas."
Nesse exemplo, a ironia é usada para criticar uma reunião que se prolonga por muito tempo para discutir algo trivial e sem relevância, como a cor das canetas.
"Que ótimo! Perdi meu voo e estou preso no aeroporto. Adoro a sensação de férias!"
A ironia é empregada ao expressar entusiasmo sarcasticamente em relação à situação negativa de perder o voo e ficar preso no aeroporto, transmitindo uma visão irônica das férias.
Esses exemplos ilustram a forma como a ironia pode ser utilizada para expressar o oposto do significado literal, muitas vezes para transmitir críticas sutis, sarcasmo ou humor. A ironia é uma figura de linguagem amplamente utilizada para transmitir mensagens de forma não literal e provocar reflexão no leitor ou ouvinte.
8. HIPÉRBOLE
A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em exagerar ou ampliar uma ideia de forma intencional para enfatizar ou transmitir um efeito dramático. Aqui estão cinco exemplos de hipérbole:
"Estou morrendo de fome!"
Nesse exemplo, a pessoa utiliza uma hipérbole para expressar uma fome intensa, exagerando a situação para transmitir a urgência e intensidade do apetite.
"Ela tem milhares de sapatos."
Essa hipérbole é utilizada para enfatizar que a pessoa em questão possui uma quantidade muito grande de sapatos, mesmo que não seja literalmente milhares.
"Chorei um rio de lágrimas."
A hipérbole é empregada aqui para enfatizar a intensidade do choro, exagerando a quantidade de lágrimas derramadas e criando uma imagem vívida e dramática.
"Esperamos uma eternidade pela comida."
Nesse caso, a hipérbole é usada para descrever uma espera prolongada, exagerando o tempo de forma dramática para enfatizar a impaciência e frustração.
"Estou tão cansado que poderia dormir por mil anos."
Essa hipérbole é utilizada para descrever um cansaço extremo, exagerando a duração do sono para transmitir o nível de exaustão.
Esses exemplos ilustram como a hipérbole é usada para enfatizar de forma exagerada certas características ou situações, tornando a comunicação mais expressiva e dramática. Através do uso da hipérbole, é possível criar imagens vívidas e despertar emoções intensas no leitor ou ouvinte.
9. EUFEMISMO
O eufemismo é uma figura de linguagem que consiste em suavizar ou amenizar uma expressão, substituindo palavras ou termos considerados mais diretos, cruéis, desagradáveis ou ofensivos, por outras mais suaves e politicamente corretas. Aqui estão cinco exemplos de eufemismo:
"Ele nos deixou" (em vez de "Ele morreu")
Nesse exemplo, o eufemismo é utilizado para suavizar a expressão da morte de alguém, tornando-a menos direta e potencialmente menos impactante emocionalmente.
"Área de descanso" (em vez de "Cemitério")
Ao utilizar o termo "área de descanso" em vez de "cemitério", o eufemismo é empregado para suavizar a referência a um local de sepultamento.
"Senhor(a) de mais idade" (em vez de "Velho(a)")
Esse eufemismo é utilizado para substituir o termo "velho(a)" por uma expressão que soe mais respeitosa e menos pejorativa ao se referir a alguém idoso.
"Não foi bem-sucedido" (em vez de "Fracassou")
Nesse caso, o eufemismo é utilizado para atenuar a ideia de fracasso, tornando a expressão menos negativa e mais suave.
"Descanso final" (em vez de "Morte")
Ao utilizar a expressão "descanso final" para se referir à morte, o eufemismo é utilizado para suavizar a referência a um evento inevitável e muitas vezes tabu.
Esses exemplos ilustram como o eufemismo é utilizado para suavizar expressões e torná-las mais socialmente aceitáveis ou menos impactantes. Ele desempenha um papel importante na comunicação, permitindo a abordagem de assuntos delicados ou desconfortáveis de maneira mais sutil e educada.
10. PLEONASMO
O pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste na repetição de palavras ou ideias que já estão implícitas no contexto, ou seja, o uso desnecessário de termos redundantes. Embora seja considerado uma redundância, o pleonasmo pode ser utilizado de forma intencional para enfatizar uma ideia, criar um efeito estilístico ou reforçar a mensagem. No entanto, é importante destacar que nem todo uso de pleonasmo é intencional ou estilístico, podendo ser considerado um vício de linguagem.
Aqui estão cinco exemplos de pleonasmo:
"Subir para cima"
Nesse exemplo, a palavra "cima" é redundante, pois a ação de "subir" já indica o movimento em direção a um ponto mais elevado.
"Entrar para dentro"
Aqui, o pleonasmo ocorre ao usar a palavra "dentro" para reforçar a ação de "entrar", que já implica a ideia de movimento para o interior de algo.
"Sair para fora"
O uso da palavra "fora" nesse contexto é desnecessário, pois a ação de "sair" já indica o movimento para fora de algum lugar.
"O céu azul celeste"
Nesse exemplo, o pleonasmo ocorre ao utilizar os termos "azul" e "celeste", que são sinônimos quando se refere à cor do céu. A repetição é desnecessária.
"Ganhar grátis"
Nessa expressão, o pleonasmo ocorre ao usar o termo "grátis" para reforçar a ideia de "ganhar", já que algo que é ganho não implica em custo.
Esses exemplos ilustram o uso do pleonasmo como uma figura de linguagem, ressaltando a repetição de termos redundantes. Embora seja possível utilizar o pleonasmo intencionalmente para efeitos estilísticos, é importante estar ciente de que seu uso excessivo pode prejudicar a clareza e a fluidez da comunicação.
11. HIPÉRBATO
O hipérbato é uma figura de linguagem que consiste na inversão da ordem natural das palavras na frase, seja alterando a posição de um termo em relação aos outros ou invertendo a ordem das palavras em uma construção sintática. Essa figura de linguagem é usada para criar um efeito estilístico, enfatizar determinadas palavras ou expressões, ou simplesmente para gerar impacto e surpresa no leitor ou ouvinte. Aqui estão cinco exemplos de hipérbato:
"Ao mercado, fui ontem."
Nesse exemplo, há uma inversão da ordem natural da frase "Fui ao mercado ontem". A inversão cria um efeito estilístico e destaca a palavra "mercado".
"No jardim, as flores belas estão."
Essa frase apresenta uma inversão da ordem das palavras em relação à construção sintática usual. Em vez de "As belas flores estão no jardim", o hipérbato é usado para enfatizar o local das flores.
"Longe, longe, no horizonte distante."
A inversão é utilizada nesse exemplo para enfatizar a distância, criando um efeito poético e destacando a ideia de longe.
"A verdade, nem sempre a conhecemos."
A ordem usual seria "Nem sempre conhecemos a verdade", mas a inversão é utilizada aqui para enfatizar a importância da verdade.
"Acalmado, o mar tranquilo estava."
Essa construção hipérbata inverte a ordem natural da frase "O mar tranquilo estava acalmado", enfatizando o estado de tranquilidade do mar.
Esses exemplos ilustram como o hipérbato pode ser utilizado para criar um impacto estilístico na linguagem, alterando a ordem das palavras e gerando uma quebra da estrutura gramatical padrão. O hipérbato é uma figura de linguagem que permite ao escritor ou falante brincar com a ordem das palavras, criando um efeito estético ou destacando determinadas palavras ou expressões.
12. ANÁFORA
A anáfora é uma figura de linguagem que consiste na repetição de uma palavra ou expressão no início de frases ou versos consecutivos. Essa repetição tem o objetivo de enfatizar a ideia, criar ritmo, e dar ênfase ao que está sendo dito. A anáfora é comumente utilizada em poesias, discursos e músicas para criar um efeito estilístico e impactante. Aqui estão cinco exemplos de anáfora:
"Eu tenho um sonho... Eu tenho um sonho de que um dia... Eu tenho um sonho de que um dia todos...". (Discurso de Martin Luther King Jr.)
Nesse exemplo, a repetição da expressão "Eu tenho um sonho" no início de cada frase cria um efeito de enfatizar o desejo e a esperança expressos no discurso.
"Quando a noite chega, quando a noite é escura, quando a noite traz mistério..."
A anáfora é utilizada aqui para repetir a palavra "noite" no início de cada frase, criando um ritmo e enfatizando a temática central.
"Eu te amo. Eu te adoro. Eu te quero."
Nesse exemplo, a anáfora é empregada repetindo o pronome "Eu te" para enfatizar a intensidade dos sentimentos expressos.
"Cantei, cantei para o vento. Cantei para o mar. Cantei para o mundo inteiro."
A anáfora é usada repetindo o verbo "cantei" para enfatizar a ação de cantar em diferentes contextos.
"Renasce a cada manhã. Renasce a cada desafio. Renasce a cada nova esperança."
Nesse caso, a anáfora é utilizada repetindo o verbo "renasce" para enfatizar a ideia de renovação e recomeço.
Esses exemplos demonstram como a anáfora pode ser utilizada para criar um efeito estilístico e enfatizar determinadas palavras, frases ou ideias. A repetição no início das frases ou versos consecutivos cria um padrão rítmico e destaca a mensagem transmitida. A anáfora é uma figura de linguagem poderosa e frequentemente empregada para criar impacto e dar ênfase ao discurso.
13. ASSÍNDETO
O assíndeto é uma figura de linguagem que consiste na omissão de conjunções que normalmente seriam utilizadas para ligar elementos em uma sequência de palavras, frases ou orações. Essa omissão tem o objetivo de criar um efeito de rapidez, fluidez e ênfase na comunicação. O assíndeto pode ocorrer tanto em listas de elementos quanto na conexão de orações. Aqui estão cinco exemplos de assíndeto:
"Trabalhar, estudar, sonhar, conquistar."
Nesse exemplo, o assíndeto é utilizado para listar uma sequência de ações sem o uso de conjunções, o que cria um efeito de fluidez e agilidade.
"Vi, venci."
Nessa frase, o assíndeto é utilizado para enfatizar a ideia de conquista, omitindo a conjunção "e" que normalmente seria usada entre as ações de "ver" e "vencer".
"Ele corre, pula, brinca, sorri."
Aqui, o assíndeto é empregado para listar uma série de ações sem utilizar conjunções, transmitindo uma sensação de movimento contínuo e energia.
"Amo, sofro, luto, persisto."
O assíndeto é utilizado nesse exemplo para enfatizar os sentimentos e ações envolvidos, criando um efeito de intensidade e concentração na mensagem.
"O sol brilha, a brisa sopra, as ondas quebram."
Nesse caso, o assíndeto é utilizado para conectar três orações independentes, sem o uso de conjunções, o que cria um efeito de simultaneidade e harmonia entre os elementos naturais mencionados.
Esses exemplos ilustram como o assíndeto pode ser usado para criar um efeito de rapidez, fluidez e ênfase na comunicação, omitindo as conjunções e conectando palavras, frases ou orações de maneira direta. O assíndeto pode trazer um ritmo acelerado ao discurso e destacar os elementos mencionados, tornando a mensagem mais impactante e concisa.
14. POLISSÍNDETO
O polissíndeto é uma figura de linguagem que consiste na repetição de conjunções em uma sequência de palavras, frases ou orações, mesmo quando não são necessárias para a construção gramatical correta. Diferentemente do assíndeto, que omite as conjunções, o polissíndeto enfatiza cada elemento da lista, criando um efeito de ênfase, repetição e intensificação. Aqui estão cinco exemplos de polissíndeto:
"Trabalho e estudo e sonho e conquisto."
Nesse exemplo, o polissíndeto é utilizado repetindo a conjunção "e" entre cada elemento da lista, enfatizando cada ação e criando um efeito de continuidade e dedicação.
"Ele corre e pula e brinca e sorri."
O polissíndeto é empregado aqui repetindo a conjunção "e" entre cada verbo, destacando cada ação e criando um efeito de movimento e vivacidade.
"Amo-te e sofro e luto e persisto."
Nesse caso, o polissíndeto é utilizado para enfatizar os sentimentos e ações envolvidos, repetindo a conjunção "e" para intensificar cada elemento da lista.
"O sol brilha e a brisa sopra e as ondas quebram."
Aqui, o polissíndeto é usado para repetir a conjunção "e" entre cada oração, enfatizando e unindo as ações dos elementos naturais mencionados.
"Rir e chorar e cantar e dançar."
Nesse exemplo, o polissíndeto é empregado repetindo a conjunção "e" para enfatizar cada ação, criando um efeito de continuidade e variedade de expressões.
Esses exemplos ilustram como o polissíndeto pode ser utilizado para criar um efeito de ênfase, repetição e intensificação, repetindo as conjunções entre os elementos da lista. O polissíndeto pode trazer um ritmo marcado ao discurso e destacar cada elemento mencionado, conferindo uma sensação de enfatização e ênfase aos elementos da sequência.
15. ALITERAÇÃO
A aliteração é uma figura de linguagem que consiste na repetição de sons consonantais, especialmente no início de palavras, em uma sequência de palavras ou frases. Ela é utilizada para criar um efeito sonoro, ritmo, musicalidade ou ênfase em um texto. A repetição dos sons consonantais ajuda a criar uma conexão sonora entre as palavras, gerando impacto e chamando a atenção do leitor ou ouvinte.
"O rato roeu a roupa do rei de Roma."
Nessa frase, a repetição do som "r" cria uma aliteração marcante.
"Os pratos preciosos pairavam na prateleira."
A aliteração ocorre aqui com a repetição do som "p", gerando um efeito sonoro e enfatizando os pratos.
"A brisa branda balançava as folhas da bananeira."
Nesse exemplo, a repetição do som "b" cria uma aliteração suave e sonora.
"O doce derretia delicadamente na boca."
A aliteração ocorre aqui com a repetição do som "d", destacando a sensação do doce derretendo.
"O gato gordo gargalhava gozando da garrafa de leite."
Nessa frase, a repetição do som "g" cria uma aliteração divertida e chamativa.
Esses exemplos demonstram como a aliteração pode ser utilizada em textos em português para criar um efeito sonoro, ritmo e enfatizar as palavras. A repetição dos sons consonantais traz um elemento estilístico ao texto e pode despertar a atenção e o interesse do leitor.
16. ONOMATOPEIA
A onomatopeia é uma figura de linguagem que consiste na utilização de palavras que imitam ou reproduzem sons reais ou naturais. Ela é usada para criar um efeito sonoro, retratar sons de objetos, animais, fenômenos naturais ou expressar sensações sonoras de forma escrita. A onomatopeia busca aproximar a linguagem escrita do mundo sonoro, proporcionando uma experiência sensorial mais vívida. Aqui estão cinco exemplos de onomatopeias em português:
"Miau" - imita o som do gato.
"Tic-tac" - reproduz o som do relógio.
"Bzzz" - imita o som de um inseto zumbindo.
"Crash" - representa o som de algo quebrando ou batendo.
"Splash" - imita o som de algo caindo ou sendo jogado na água.
Esses exemplos ilustram como a onomatopeia pode ser utilizada para criar uma conexão entre a linguagem escrita e os sons do mundo real. Através dessas palavras, é possível transmitir uma sensação sonora e envolver o leitor em uma experiência mais imersiva. A onomatopeia é frequentemente utilizada na literatura infantil, em quadrinhos, em poesias e em textos descritivos para adicionar um elemento sensorial e tornar a narrativa mais vívida.
17. PARANOMÁSIA
A paranomásia é uma figura de linguagem que consiste no uso de palavras semelhantes em sua sonoridade, mas diferentes em seu significado, com o intuito de criar um efeito de trocadilho, jogo de palavras ou humor. A paranomásia explora a semelhança sonora entre as palavras para criar um efeito de duplo sentido ou ambiguidade. Aqui estão cinco exemplos de paranomásia:
"O bom policial é aquele que não perde a cabeça para não perder a sua."
Nesse exemplo, a paranomásia ocorre com a repetição do som "perde" em duas palavras diferentes, criando um jogo de palavras entre "perder a cabeça" (enlouquecer) e "perder a sua" (própria vida).
"Quem canta seus males espanta, mas quem dança é multado."
Nessa frase, a paranomásia ocorre com a repetição do som "dança" em duas palavras diferentes, criando um trocadilho entre "espanta" (afasta) e "multado" (recebe uma multa).
"O advogado estava preso de trabalho."
A paranomásia ocorre aqui com a repetição do som "preso" em duas palavras diferentes, criando um jogo de palavras entre "preso" (detido) e "preso" (ocupado).
"Não deixe para depois o que você pode deixar para lá."
Nesse exemplo, a paranomásia ocorre com a repetição do som "deixar" em duas palavras diferentes, criando um jogo de palavras entre "deixar para depois" (postergar) e "deixar para lá" (ignorar).
"Ele tinha um olhar assassino, mas sua arma era a caneta."
A paranomásia ocorre aqui com a repetição do som "arma" em duas palavras diferentes, criando um trocadilho entre "olhar assassino" (olhar intimidador) e "arma" (instrumento de violência).
Esses exemplos ilustram como a paranomásia pode ser utilizada para criar um efeito de trocadilho, humor ou ambiguidade, explorando a semelhança sonora entre palavras com significados diferentes. A paranomásia é uma figura de linguagem divertida e criativa, que busca explorar a sonoridade das palavras para criar um impacto estilístico na comunicação.
18. GRADAÇÃO
A gradação, também conhecida como clímax ou progressão, é uma figura de linguagem que consiste na organização de palavras, frases ou ideias em uma sequência ascendente ou descendente, de forma a criar uma progressão de intensidade, magnitude ou importância. A gradação busca enfatizar ou amplificar uma ideia, construindo um efeito cumulativo que culmina em um ponto de maior destaque. Ela pode ser utilizada tanto para criar um efeito dramático quanto para enfatizar uma sequência de elementos. Aqui estão cinco exemplos de gradação:
"Amar é desgostar, entristecer, sofrer, agonizar, morrer."
Nesse exemplo, há uma progressão ascendente de palavras relacionadas ao sofrimento e à intensidade do amor, culminando na palavra "morrer".
"A estrada era longa, árdua, cansativa, exaustiva, interminável."
Nessa frase, há uma progressão descendente de palavras que descrevem a dificuldade e o desgaste da estrada, destacando a ideia de que ela não tinha fim.
"Ele era bom, generoso, excepcional, notável, magnífico."
Nesse exemplo, há uma progressão ascendente de adjetivos que descrevem as qualidades positivas de uma pessoa, culminando em "magnífico".
"O calor estava intenso, sufocante, escaldante, insuportável."
Nessa frase, há uma progressão ascendente de palavras que descrevem a intensidade do calor, destacando seu caráter insuportável.
"O show foi emocionante, empolgante, arrebatador, inesquecível."
Nesse exemplo, há uma progressão ascendente de adjetivos que descrevem a intensidade e o impacto emocional do show, culminando em "inesquecível".
Esses exemplos ilustram como a gradação pode ser utilizada para criar um efeito de intensificação progressiva, destacando ideias ou elementos em uma sequência. A progressão ascendente ou descendente das palavras ou ideias contribui para o efeito cumulativo e a ênfase pretendida. A gradação é uma figura de linguagem eficaz para criar impacto e envolver o leitor ou ouvinte em uma narrativa ou argumentação.
19. HIPÁLAGE/TRANSPOSIÇÃO
A hipálage, também conhecida como transposição, é uma figura de linguagem que consiste na atribuição de uma característica ou qualidade a um termo que logicamente seria aplicado a outro termo na frase. Nessa figura de linguagem, ocorre uma inversão ou deslocamento da relação esperada entre os elementos da frase, resultando em uma construção não convencional, porém com um efeito estilístico interessante. A hipálage pode ser utilizada para criar uma imagem mais vívida, expressar sentimentos subjetivos ou enfatizar certos aspectos da descrição. Aqui estão alguns exemplos de hipálage:
"A noite lançou um manto escuro sobre a cidade."
Nesse exemplo, a característica de escuridão, que normalmente seria atribuída à noite, é transferida para o termo "manto", criando uma imagem poética.
"Os olhos do mar brilhavam sob o sol."
Aqui, a qualidade de brilho, que seria atribuída ao sol, é transferida para os "olhos do mar", criando uma imagem metafórica e expressiva.
"O vento gelado sussurrou em meus ouvidos."
Nesse caso, o atributo de ser gelado, que normalmente seria aplicado ao vento, é transferido para o termo "sussurro", intensificando a sensação de frio.
"Os passos da saudade ecoam pelas ruas vazias."
Aqui, a ação de ecoar, que normalmente seria atribuída aos passos, é transferida para o termo "saudade", reforçando a ideia de que a saudade é intensamente sentida e percebida.
"A fome devorava seus pensamentos."
Nesse exemplo, a ação de devorar, que normalmente seria aplicada à fome, é transferida para o termo "pensamentos", enfatizando a intensidade da sensação de fome.
Esses exemplos ilustram como a hipálage pode ser utilizada para criar imagens vívidas, enfatizar características ou provocar uma resposta emocional mais intensa por meio do deslocamento das características esperadas na frase. A hipálage é uma figura de linguagem que contribui para a expressividade e a riqueza do texto, tornando-o mais sugestivo e impactante para o leitor.
20. METALEPSE
A metalepse é uma figura de linguagem que consiste em trazer para dentro do discurso elementos que normalmente estariam fora dele, gerando uma quebra de expectativa ou uma mistura de diferentes níveis de realidade. Essa figura de linguagem cria um efeito de surpresa, estranhamento ou interação entre elementos que não deveriam se misturar. A metalepse pode ocorrer em diferentes contextos, como na literatura, no cinema, na publicidade e até mesmo em conversas cotidianas. Aqui estão alguns exemplos de metalepse:
"O livro estava tão interessante que os personagens pularam das páginas e começaram a conversar comigo."
Nesse exemplo, há uma quebra de expectativa ao trazer os personagens do livro para a realidade do leitor, criando uma interação inusitada entre o leitor e a narrativa.
"Eu virei o herói da minha própria história."
Nessa frase, há uma mistura de níveis de realidade, em que o eu lírico se coloca como protagonista da própria vida, utilizando uma linguagem mais típica de narrativas ficcionais.
"A propaganda era tão envolvente que eu entrei na televisão e experimentei o produto."
Nesse exemplo, há uma quebra de barreira entre o mundo real e o mundo da propaganda, em que o receptor se coloca dentro do espaço midiático para interagir com o produto anunciado.
"O autor resolveu interromper a narrativa para conversar com o leitor."
Nesse caso, há uma quebra da quarta parede na literatura, em que o autor se dirige diretamente ao leitor, estabelecendo um diálogo que vai além da narrativa em si.
"O personagem saiu da história e começou a questionar o seu próprio papel no enredo."
Nesse exemplo, há uma metalepse em que o personagem transcende o universo ficcional e passa a refletir sobre a sua própria existência dentro da narrativa.
Esses exemplos ilustram como a metalepse pode ser utilizada para criar efeitos de quebra de expectativa, interação entre diferentes níveis de realidade e envolvimento do receptor com o discurso. A metalepse é uma figura de linguagem que permite explorar fronteiras e criar conexões inesperadas, tornando a comunicação mais criativa e surpreendente.
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