terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Frentes

Frentes 

Frente é o limite entre massas de ar e, normalmente, refere-se à região onde esta interface intercepta o chão. Em todos os casos, exceto em frentes estacionárias, os símbolos apontam na direção de movimento da interface (frente).


Características das Frentes


Na região da frente olhe para o seguinte:
- Variação da Temperatura
- Variação da umidade
-  UR, Td
- Variação da direção do Vento
- Variação da direção do gradiente de pressão
- Característicados padrões de precipitação


Estrutura Típica de Frente Fria

Ar frio substitui ar quente e há inclinação maior em baixos níveis devido à fricção em baixos níveis. Há forte movimento vertical e ar instável formam nuvens cumuliformes. Os ventos de altos níveis sopram cristais de gelo, criando Cirrus e Cirrustratus.
As frentes mais lentas apresentam superfícies menos inclinadas e nuvens menos desenvolvidas verticalmente devido à taxa de variação vertical de temperatura (TVVT) ser menor (ou seja, mais estável)

Estrutura Típica de Frente Quente


Numa frente quente que avança, o ar quente sobe sobre o ar frio, assim inclinação não é muito forte.O ar quente em ascenção produz nuvens e precipitação bem a frente do limite em superfície. Em diferentes pontos ao longo da interface de ar frio/quente, a precipitação tem temperaturas diferentes.


Como decidimos qual é o tipo de frente frente?

Do chão:
•Se ar quente substitui ar mais frio, a frente é uma frente quente.
•Se ar frio substitui ar mais quente, a frente é uma frente fria.
•Se a frente não se move, é uma frente estacionária.
•Frentes oclusas não interceptam o chão, a interface delas ocorre nas camadas superiores






As frentes frias aparecem, comumente, como bandas que se estendem de milhares de quilômetros de comprimento e centenas de quilômetros de largura, apresentando muitas camadas de nebulosidade.
As frentes frias geralmente possuem curvatura ciclônica e, quando ativas, possuem nuvens convectivas com topos bem altos e frios, que podem ser identificadas pela cor branca nas imagens de satélite. Quando fracas, as frentes frias possuem bandas mais estreitas e fragmentadas, chegando a não apresentar nebulosidade sobre a terra, com tonalidade acinzentada na imagem do infravermelho.
A posição e o tipo da banda de nuvens, indica a posição da frente fria na superfície. Se a predominância é de nuvens estratiformes a frente está localizada no extremo dianteiro da banda de nuvens (frente catabática). Se as nuvens cumuliformes estiverem em maioria, a frente está na retaguarda da banda de nuvens (frente anabática).
As frentes frias, geralmente movem-se mais rápidas e tem um declive mais acentuado do que as frentes quentes, quando o ar quente envolvido numa situação de frente fria é úmido e estável as nuvens são predominantemente estratiformes (nimbustratus, altustratus e cirrustratus) com precipitação moderada. Entretanto quando o ar quente é úmido e instável (ou com tendência para ser instável), as nuvens são predominantemente cumuliformes e a precipitação é na forma de chuva moderada a forte.

As frentes quentes são mais difíceis de serem identificadas pois o campo de nuvens só é característico nos estágios iniciais da formação ciclônica. Suas dimensões também são menores, apresentando centenas de quilômetros de comprimento e cerca de 500 km de largura e está associada a uma curvatura anticiclônica.
A posição da frente quente em superfície está, geralmente, na retaguarda da banda frontal, com muitos cirrus a leste da curvatura anticiclônica, associados a fragmentação dos topos das Cumulunimbus.

As frentes quentes movem-se relativamente com pouca velocidade e, em geral, possuem declives suaves. O deslizamento do ar quente sobre o ar frio produz um sistema de nuvens o qual em alguns casos pode estender-se até 1500 km adiante da posição da frente na superfície.
As nuvens associadas com a frente quente são, predominantemente, estratiformes e aparecem na seguinte sequência com a aproximação da frente: cirrus, cirrustratus, altustratus e nimbustratus.

As frentes oclusas são o tipo de frente localizadas ao longo da espiral de nuvens dos seus centro até o ponto de encontro das frentes fria e quente (branca no infravermelho). O sistema de nuvens associado a frente oclusa tem formato espiralado e seu foco está situado no centro da circulação ciclônica. A frente oclusa surge quando a frente fria atinge a quente, em virtude da frente fria deslocar-se mais rápido.
As frentes quase-estacionárias são o conjunto irregular de nuvens, sem curvatura (ciclônica ou anticiclônica), podendo ser ativas (com escoamento em altos níveis paralelo à zona frontal) ou inativas (geralmente encontrada em baixas latitudes).
Uma frente estacionária é uma fronteira entre ar quente e ar frio que resulta quando uma frente fria ou quente deixa de se mover. Quando ela volta a se mover, volta a ser fria ou quente.

Uma frente estacionária é representada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos que apontam para o ar quente e semicírculos que apontam para o ar frio.


Sistemas Frontais

O encontro de massas de ar com propriedades distintas formam o sistema frontal. Um sistema frontal é composto classicamente por uma frente fria, uma frente quente e um centro de baixa pressão em superfície, denominado ciclone (que gira no sentido horário no Hemisfério Sul). Este ciclone desenvolve-se a partir de uma pequena perturbação em uma frente quase-estacionária que separa o ar frio do ar quente, levantando-o na região de fronteira entre essas duas massas, ocasionando um decréscimo da pressão nesta região. A ascenção do ar quente causa convergência em baixos níveis e formação de circulação ciclônica. A frente fria avança sobre a frente quente formando a região denominada frente oclusa. Com o aumento da região de oclusão o sistema frontal atinge seu estado terminal, o ciclone aumenta seu tamanho e transforma-se num vórtice frio na baixa troposfera. A fricção e a falta de mecanismos dinâmicos na atmosfera encarregam-se de dissipar o restante do ciclone e, portanto, do sistema frontal.

Sistema Frontal é uma superfície que separa duas massas de ar de características diferentes, principalmente em temperatura e umidade (densidades diferentes).
É uma linha formada pela intersecção da superfície frontal com a superfície terrestre ou outra superfície, em qualquer nível. Também é chamada de uma linha de descontinuidade entre duas massas de ar de características diferentes. Um sistema frontal clássico é geralmente composto de frente fria, frente quente e centro de baixa pressão na superfície chamado ciclone, como mostra a figura abaixo.



Frente, em meteorologia, geralmente é, a interface ou zona de transição entre duas massas de ar de diferentes densidades. Como a distribuição de temperatura é o mais importante regulador de densidade atmosférica,  uma frente quase que invariavelmente separa massas de ar de diferentes temperaturas. Juntamente  com o critério básico de densidade e o critério comum de temperatura, muitas outras  caracterísitcas podem distinguir uma frente, tais como uma pressão de cavado, uma mudança na direção do vento, uma descontinuidade na umidade, e certas caracterísitcas como formas de nuvens e precipitação. O termo frente é usado ambiguamente para:
1) zonal frontal, a zona tridimensional ou camada de grande gradiente horizontal de  densidade, delimitada;

2)através da qual as superfícies frontais do gradiente horizontal de densidade é  descontínuo (superfície frontal usualmente refere especificamente ao lado quente da zona  frontal;

3) superfície da frente, a linha de intersecção de uma superfície  frontal ou zona frontal  com a superfície da Terra ou, menos frequentemente, com uma específica superfície de  pressão constante.

Tipos de frente incluem frente polar, frente ártica, frente fria, frente  quente e frente  oclusa.
Talvez o melhor método para detectar a superfície de uma frente é via gradiente de  temperatura potencial, pois ela minimiza os efeitos de elevação de temperatura na estação. Os meteorologistas, geralmente, desenham a frente ao longo do lado quente do gradiente de temperatura potencial onde a mudança na direção do vento ou a mudança na pressão estão tipicamente localizados. Se o ar frio está avançando (retrocedendo) os meteorologistas  desenham como uma frente fria (quente). Se o ar frio não está avançando nem retrocedendo, a frente é desenhada como frente estacionária.
A formação inicial de uma frente ou zonal frontal é chamada frontogênese. Em geral, é um aumento no gradiente horizontal de uma propriedade da massa de ar, principalmente  densidade, e o desenvolvimento do acompanhamento de características do campo de vento que  simbolizam uma frente.
A dissipação de uma frente ou zona frontal pe chamada frontólise.  Em geral, é um decréscimo  no gradiente horizontal de uma propriedade da massa de ar, e a dissipação do acompanhamento de características do campo de vento.


Aonde o desenho de uma frente termina? Aonde paramos de desenhar a linha da frente?

A frente "termina" onde o gradiente de temperatura potencial se  torna insignificante. Por precaução, se você está procurando por frentes então, por definição, deve ser um limite  entre duas massas de ar com diferentes características, tais como temperatura e/ou umidade. Frequentemente, essas são facilmente reconhecidas por uma pressão que acompanha o limite (a borda) entre duas massas de ar, então a análise da pressão pode auxiliar afim de encontrar  frentes. Entretanto, se há somente mudança no vento e não há gradiente significante na  temperatura e/ou umidade, então isto é tecnicamente um cavado e não uma frente.